Eu coloco como diagnostico primário pois não foi feito outro exame apos a alta do Neonatal, somente um avaliação física .
Diagnostico do Neuro: Paciente com Quadro de Espasticidade.Historia de Prematuridade e 3 PCR.
ü Espasticidade:
A criança pode apresentar variações de tônus de acordo com o momento ou dia, por isso, é muito difícil de definir o tipo de tônus dela.
A espasticidade é um tônus muito freqüente, mas nem sempre é observado logo quando a criança nasce. Nós observamos o tônus muscular espástico ou hipertônico em crianças com PC, às vezes após algumas semanas.
Obs: Quando uma criança apresenta espasticidade ao nascer, é considerada grave.
A criança nasce com uma flexão fisiológica que na verdade é um aumento de tônus muscular, porém, fisiológico. Quando a criança vai ganhando extensão, o tônus muscular começa a ter uma inervação recíproca e essa flexão fisiológica começa a dar lugar a uma mobilidade normal entre flexores e extensores, ou seja, a espasticidade começa a dar lugar a uma inervação recíproca.
Quando a criança é espástica leve ou moderada, à medida que ela começa a desenvolver as suas atividades motoras, ou seja, começa a ganhar extensão ou adquirir movimento, essa espasticidade é visualizada, pois a qualquer tentativa de movimento ela ganha espasticidade é perde a mobilidade, por isso que quando uma criança é espástica ao nascer, é considerada grave.
§ Espasticidade Grave:
- Forte hipertonia e pouca alteração do grau de movimento
Obs: É uma criança com pouca mobilidade.
- Co-contração anormal, espasticidade dos agonistas maior que nos antagonistas
Obs: Na espasticidade grave, se tem uma possibilidade de ter uma postura flexora devido a um maior grau de hipertonia na musculatura agonista. Isso dá uma co-contração anormal
- Não há flutuação súbita de tônus
Obs: A criança permanece em espasticidade. Existe um tipo de tônus que muda de tônus ao movimento, por exemplo.
- Grande perigo de deformidades, devido à manutenção de posturas anormais
Obs: É uma criança com um prognóstico muito ruim para deformidades posturais porque é uma criança grave, com tônus muito alto, com pouca possibilidade de manter posturas variadas (nem sempre experimenta várias posturas), ou seja, não é mudada de decúbito o tempo todo.
- Pequenos movimentos, exceto quando fortemente estimulado
Obs: A movimentação de uma criança espástica grave só é possível quando estimulada fortemente, e quando se consegue observar movimento, geralmente é reflexo e é um movimento estereotipado.
- Movimentos limitados
- Ausência de movimentos involuntários
Características de Personalidade:
- Medo e insegurança (sons altos, deslocamentos bruscos)
Obs: É uma criança que não pode ser trabalhada com barulho.
- Necessita de muito estímulo (esses estímulos têm que ser dosados)
- Respostas estereotipadas
§ Espasticidade Moderada:
- A princípio o aumento tonal dependerá da estimulação (esforço, emoção, fala)
Obs: Visualiza-se que é uma criança espástica moderada, mas ao tentar se locomover, falar, ou realizar qualquer outra atividade que necessite de um esforço, visualiza-se uma maior espasticidade. O tônus muscular aumenta porque é uma criança espástica, e como toda criança espástica tem uma diminuição enorme de força muscular (fraqueza muscular de base), ou seja, ela tem que solicitar mais unidades motoras para o movimento
- Espasticidade maior em agonistas e mais distal do que proximal
Obs: Maior espasticidade em extremidades (pés e mãos). Na mão tem muito mais musculatura Ia fásica e Ia tônica.
- Algumas reações de retificação podem estar presentes, porém, falhas
Obs: A criança tem alguma mobilidade, alguma possibilidade de deslocamento no espaço, mas é limitada.
- Reações de equilíbrio com desenvolvimento incompleto, especialmente em posturas mais elevadas
Obs: A criança poderia ficar sentada (manteria um equilíbrio de tronco), mas de pé ou numa marcha, ou seja, nas posturas mais altas ela já é completamente limitada quanto ao equilíbrio de tronco.
- Graus de movimentos maiores, falta à amplitude final
Obs: Devido a espasticidade. Isso ocorre principalmente nos movimentos de extensão, ou seja, toda vez que a criança for realizar um movimento que solicite extensão, ela não consegue fazer os últimos graus.
Características de Personalidade:
- Respostas motoras menos estereotipadas e mais adequadas
- Falta de adaptação as mudanças bruscas e rápidas
Obs: Apesar da criança ter um quadro menor do que uma criança com espasticidade grave, ela tem pouca retificação e pouco equilíbrio, então não é capaz de responder com atitudes fásicas (rápidas), ela cai.
§ Espasticidade Leve:
- A espasticidade leve aparece ao longo do primeiro ano de vida, embora sinais de tônus anormal possam ser notados mais precocemente
Obs: No final do 1o ano de vida a criança começa a apresentar espasticidade, ela começa a não conseguir adquirir o desenvolvimento motor normal, ou seja, ela já não consegue realizar as posturas mais altas como ficar de pé ou tentar andar, pois fica restrita a espasticidade.
- Apresenta assimetria que pode levar a escoliose
- O desenvolvimento motor é mais lento
- Utiliza-se sutilmente de reações patológicas para realizar as mudanças posturais
Obs: A criança não consegue realizar as reações posturais dentro do desenvolvimento motor normal.
- Realiza a marcha com pouca estabilidade de pelve, com uma constante procura do centro de gravidade
Obs: A criança terá pouca estabilidade de pelve porque além da fraqueza muscular, ela fixa a pelve numa tentativa de achar o centro de gravidade, ficando sem possibilidade de rotação, de dissociação (é outro fator para diminuição de retificação de tronco).
- O equilíbrio é precário, apresentam fixações em nível de tronco, cintura escapular e muitas vezes pés
Obs: É uma criança cheia de fixações, pois tem pouca mobilidade e pouca força muscular. Essa criança consegue adquirir marcha, ela tem posturas altas.
- Apresentam dificuldades para executar movimentos seletivos, vindo a refletir no período escolar
Obs: Toda vez que a criança tentar cortar, desenhar, ela tem dificuldades, pois não tem movimento fino e seletivo, ela fica tentando compensar o tempo todo.
Tratamento :
9 Espasticidade Grave:
o Trabalhar com movimentos lentos, pois diminui a espasticidade (movimentos rápidos aumentam a espasticidade)
o Alongar a musculatura agonista e trabalhar com playcing e crioestimulação na antagonista
o Facilitar com estruturação biomecânica (coloca a musculatura num melhor posicionamento – neuroplasticidade)
Obs: A criança vai ter contratura de coxo-femoral (podendo levar a luxação), região de maléolo e joelho flexo.
o Não se trabalha reação de retificação para manter equilíbrio porque a criança não vai conseguir.
9 Espasticidade Moderada:
o Colocar a criança de pé logo de imediato
o Trabalhar co-contração (fibra II tônica) de tronco para dar estabilização
Obs: Essa criança não tem estabilidade de tronco, toda a região proximal tem pobreza de co-contração. Ao tentar um movimento, como não tem estabilização proximal, ela aumenta o recrutamento de fibra, aumentando o tônus muscular. Se não propiciar estabilização de tronco, a criança não vai fazer nada com a mão.
o Trabalhar reação de retificação de tronco preconizando as reações em pequena amplitude (trabalho de bola em pequenas amplitudes)
Obs: A criança não tem condições de reagir com as reações de retificação em grandes amplitudes e se tentar, ela cai.
9 Espasticidade Leve:
o Trabalhar força muscular de extensores
Obs: Aos poucos dar dissociação ao movimento, ou seja, ensinar através da fragmentação da marcha para ganhar rotação. Trabalhar rotação para não ter gasto energético excessivo.
o Trabalhar reações de retificação em amplitudes grandes
o Trabalhar reações protetoras (atitudes fásicas) para estimular a inervação recíproca
Obs: A criança tem possibilidade de ter inervação recíproca, tem condições de estimular fibra Ia fásica.
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O cantinho .Para estimular . A ficar sentadinho.
Estamos com um novo blog www.magiadotoque.com.br
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