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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Exame BERA

Em uma das consultas do neuropediatra, Alguns exames auditivo o João Guilherme, não respondeu como o medico esperava. Eu me assustei um pouco, mas achei estranho pois em casa ele respondia a estímulos aditivos.
Na consulta com o otorrino pediatra, ele não notou nenhuma dificuldade. Mas resolveu pedir um exame para não ter duvidas.
Esta semana ele fez o exame o BERA.
Olha a carinha que ele ficou depois. 
Tem que ficar 5 horas sem comer nada. E dormir pouco. Para que depois de tomar um remedinho ele faça o exame dormindo.

Conclusão: Avaliação eletrofisiologica da audição indica integridade das vias auditivas de tronco encefálico e limiar eletrofisiologico normal ao estímulo em ambos os lados.

Graças a Deus tudo normal ....


BERA é um exame digital que analisa o potencial evocado auditivo(uma resposta emitida pelo nervo auditivo ao ser percorrido por um impulso nervoso que neste caso é desencadeado por um som). O ouvido humano está ativo vinte e quatro horas por dia quer o indivíduo esteja acordado, dormindo ou sob efeito de sedativos e mesmo anestésicos. Para que o impulso nervoso seja desencadeado é necessário que o som chegue ao tímpano, percorra os ossículos do ouvido (martelo, bigorna e estribo) e chegue à cóclea, onde a energia mecânica é transformada em energia elétrica e assim “começa” o impulso nervoso.
À medida que o impulso nervoso caminha pelo nervo auditivo para chegar ao cérebro ele vai gerando um potencial (chamado de potencial evocado auditivo) que é captado pelo equipamento conectado à pessoa e transformado em dados que são armazenados na memória de um microcomputador para posteriormente serem analisados e transformados numa curva que é interpretada pelo médico.
Assim, o BERA pode ser realizado em qualquer idade, desde recém-nascidos até idosos, acordados, dormindo (sono natural ou anestesia geral) ou em coma.
 Realização do BERA: O paciente precisa ficar imóvel (acordado, sedado ou sob anestesia geral).
Indicações para fazer o exame em recém-nascido ou em crianças .
1. O Joint Committee on Infant Hearing da American Academy of Pediatrics enumera os Fatores de Risco para deficiência auditiva:
· Apgar inferior a seis no quinto minuto;
· História familiar de deficiência auditiva congênita;
· Infecções neonatais STORCH (SIDA, Toxoplasmose, Outras infecções tipo sífilis, Rubéola, Citomegalovírus, Herpes sistêmico);
· hiperbilirrubinemia – encefalopatia bilirrubínica;
· septicemia neonatal/meningite;
· hemorragia intraventricular;
· convulsões ou outras doenças do sistema nervoso central;
· anomalias craniofaciais;
· espina bífida;
· defeitos cromossômicos;
· uso de drogas ototóxicas; p
· eso abaixo de 1500 g;
· ventilação mecânica por mais de cinco dias.
2. Na encefalopatia bilirrubínica há alteração de PI-V que associada à bilirrubinemia pode ser um indicador precoce para exsanguineotransfusão.
3. Observa-se no lactente: no primeiro quadrimestre há um elevado grau de disfunção auditiva por imaturidade das células auditivas; no segundo quadrimestre há alto índice de normalização; no terceiro quadrimestre apenas 5-10% permanecem com deficiência auditiva.

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Bebês prematuros


Gente esta matéria encontrei num Sites .. Bem legal ...
E como e assim que funciona decidi colocar aqui ...


Bebês prematuros precisam de cuidados especiais. Por isso, uma avalanche de dúvidas e inseguranças povoa a cabeça das mães – principalmente nas de primeira viagem. Mas a falta de informação e a ansiedade se revelam problemas muito maiores do que a chegada precoce do filho.
Segundo Graziela Del Ben, neonatologista do Hospital e Maternidade São Luiz, um bebê é considerado prematuro se o parto for feito antes da 37ª semana. A possibilidade de o nascimento antecipado gerar complicações para a saúde da criança é o maior motivo de preocupação. “O que realmente importa em todos os casos é o estado dela depois do nascimento, principalmente com relação ao peso. Um bebê abaixo de 1500 gramas é considerado prematuro extremo e inspira maiores cuidados”, afirma.

Após a alta hospitalar, começa a maratona de vacinação. “As mães devem ter em mente que o tempo de nascimento não é determinante para vacinar ou não o bebê. Quem deve orientar sobre esse e outros assuntos é o pediatra que acompanha a criança. Geralmente, assim que recebe alta, ela já está mais madura e preparada para receber as vacinas. As mães também devem estar preparadas para possíveis reações, como em qualquer outro caso”, ressalta a neonatologista.

Alguns exames e vacinas sofrem adaptações. Em prematuros, o teste do pezinho, que geralmente é feito 48 horas após o nascimento, é realizado apenas quando o o bebê estiver clinicamente estável e não fazendo uso de medicamentos que possam interferir no resultado. “A vacina para hepatite normalmente é aplicada em até três doses. Já os prematuros recebem a quarta dose como reforço”, explica a médica.
A dúvida sobre a fragilidade de um prematuro não é infundada. “De fato, eles são, sim, mais vulneráveis. Vamos supor que seu bebê seja prematuro e pegue uma virose: as complicações geradas pela doença podem ter maiores proporções para ele do que para um bebê que foi até o final da gestação. O que aconselhamos é que as mães evitem sair de casa com as crianças ou que o façam apenas em caso de extrema necessidade e para consultas médicas. Evitar também o contato direto com muitas pessoas nesse período, mesmo dentro de casa. É uma maneira de proteger”, enfatiza Del Ben.

No dia a dia, as recomendações são seguir à risca o horário da amamentação, priorizando o aleitamento materno; na hora de dormir, procurar deixá-lo sempre em decúbito mais elevado para evitar sufocamento por vômitos e secreções; priorizar a higiene pessoal e, claro, muito carinho e amor. Em pouco tempo, seu bebê vai retribuir todo a dedicação que você ofereceu durante esse período.

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quinta-feira, 10 de maio de 2012

No caso do João.

Eu coloquei o post anterior porque foi a melhor explicação que encontrei para entender um pouco o que acontece.
O João tem §  Espasticidade Leve. Onde foi notado precocemente pois ele acompanhou com neuro desde cedo,  foi o medico quem notou. Pois e muito pouco o que se pode notar, mas fazendo a  fisio e a TO(terapia Ocupacional) estamos dando os estímulos necessários para que não o prejudique no seu desenvolvimento motor. 
     Todo o tratamento é baseado no desenvolvimento motor da criança normal, para “trabalhar” as etapas que a criança ainda não vivenciou.

O João esta atrasado em algumas fases pois ele ja tinha que ficar sentado sem apoio coisa que ele ainda não faz a mão dele ainda se mantem um pouco fechada, e tem um pouco de dificuldade para pegar os brinquedos.
E na fisio e na TO nos estimulamos ele para que isto ocorra o mais natural possível.
E que ele consiga acompanhar todas as fases do seu desenvolvimento motor. 
Por isto ele vai uma vez por semana fazer os exercícios no HC . E estamos sempre estimulando ele em casa.


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Diagnostico primário

Eu coloco como diagnostico primário pois não foi feito outro exame apos a alta do Neonatal, somente um avaliação física .
Diagnostico do Neuro: Paciente com Quadro de Espasticidade.Historia de Prematuridade e 3 PCR.


Tônus Muscular


ü  Espasticidade:
A criança pode apresentar variações de tônus de acordo com o momento ou dia, por isso, é muito difícil de definir o tipo de tônus dela.
A espasticidade é um tônus muito freqüente, mas nem sempre é observado logo quando a criança nasce. Nós observamos o tônus muscular espástico ou hipertônico em crianças com PC, às vezes após algumas semanas.
Obs: Quando uma criança apresenta espasticidade ao nascer, é considerada grave.
               A criança nasce com uma flexão fisiológica que na verdade é um aumento de tônus muscular, porém, fisiológico. Quando a criança vai ganhando extensão, o tônus muscular começa a ter uma inervação recíproca e essa flexão fisiológica começa a dar lugar a uma mobilidade normal entre flexores e extensores, ou seja, a espasticidade começa a dar lugar a uma inervação recíproca.
              Quando a criança é espástica leve ou moderada, à medida que ela começa a desenvolver as suas atividades motoras, ou seja,  começa a ganhar extensão ou adquirir movimento, essa espasticidade é visualizada, pois a qualquer tentativa de movimento ela ganha espasticidade é perde a mobilidade, por isso que quando uma criança é espástica ao nascer, é considerada grave.

§  Espasticidade Grave:

-        Forte hipertonia e pouca alteração do grau de movimento
Obs: É uma criança com pouca mobilidade.
-        Co-contração anormal, espasticidade dos agonistas maior que nos antagonistas
Obs: Na espasticidade grave, se tem uma possibilidade de ter uma postura flexora devido a um maior grau de hipertonia na musculatura agonista. Isso dá uma co-contração anormal
-        Não há flutuação súbita de tônus
Obs: A criança permanece em espasticidade. Existe um tipo de tônus que muda de tônus ao movimento, por exemplo.
-        Grande perigo de deformidades, devido à manutenção de posturas anormais
Obs: É uma criança com um prognóstico muito ruim para deformidades posturais porque é uma criança grave, com tônus muito alto, com pouca possibilidade de manter posturas variadas (nem sempre experimenta várias posturas), ou seja, não é mudada de decúbito o tempo todo.
-        Pequenos movimentos, exceto quando fortemente estimulado
Obs: A movimentação de uma criança espástica grave só é possível quando estimulada fortemente, e quando se consegue observar movimento, geralmente é reflexo e é um movimento estereotipado.
-        Movimentos limitados
-        Ausência de movimentos involuntários

Características de Personalidade:

-        Medo e insegurança (sons altos, deslocamentos bruscos)
Obs: É uma criança que não pode ser trabalhada com barulho.
-        Necessita de muito estímulo (esses estímulos têm que ser dosados)
-        Respostas estereotipadas
§  Espasticidade Moderada:

-        A princípio o aumento tonal dependerá da estimulação (esforço, emoção, fala)
Obs: Visualiza-se que é uma criança espástica moderada, mas ao tentar se locomover, falar, ou realizar qualquer outra atividade que necessite de um esforço, visualiza-se uma maior espasticidade. O tônus muscular aumenta porque é uma criança espástica, e como toda criança espástica tem uma diminuição enorme de força muscular (fraqueza muscular de base), ou seja, ela tem que solicitar mais unidades motoras para o movimento
-        Espasticidade maior em agonistas e mais distal do que proximal
Obs: Maior espasticidade em extremidades (pés e mãos). Na mão tem muito mais musculatura Ia fásica e Ia tônica.
-        Algumas reações de retificação podem estar presentes, porém, falhas
Obs: A criança tem alguma mobilidade, alguma possibilidade de deslocamento no espaço, mas é limitada.
-        Reações de equilíbrio com desenvolvimento incompleto, especialmente em posturas mais elevadas
Obs: A criança poderia ficar sentada (manteria um equilíbrio de tronco), mas de pé ou numa marcha, ou seja, nas posturas mais altas ela já é completamente limitada quanto ao equilíbrio de tronco.
-        Graus de movimentos maiores, falta à amplitude final
Obs: Devido a espasticidade. Isso ocorre principalmente nos movimentos de extensão, ou seja, toda vez que a criança for realizar um movimento que solicite extensão, ela não consegue fazer os últimos graus.

Características de Personalidade:

-        Respostas motoras menos estereotipadas e mais adequadas
-        Falta de adaptação as mudanças bruscas e rápidas
Obs: Apesar da criança ter um quadro menor do que uma criança com espasticidade grave, ela tem pouca retificação e pouco equilíbrio, então não é capaz de responder com atitudes fásicas (rápidas), ela cai.

§  Espasticidade Leve:

-        A espasticidade leve aparece ao longo do primeiro ano de vida, embora sinais de tônus anormal possam ser notados mais precocemente
Obs: No final do 1o ano de vida a criança começa a apresentar espasticidade, ela começa a não conseguir adquirir o desenvolvimento motor normal, ou seja, ela já não consegue realizar as posturas mais altas como ficar de pé ou tentar andar, pois fica restrita a espasticidade.
-        Apresenta assimetria que pode levar a escoliose
-        O desenvolvimento motor é mais lento
-        Utiliza-se sutilmente de reações patológicas para realizar as mudanças posturais
Obs: A criança não consegue realizar as reações posturais dentro do desenvolvimento motor normal.
-        Realiza a marcha com pouca estabilidade de pelve, com uma constante procura do centro de gravidade
Obs: A criança terá pouca estabilidade de pelve porque além da fraqueza muscular, ela fixa a pelve numa tentativa de achar o centro de gravidade, ficando sem possibilidade de rotação, de dissociação (é outro fator para diminuição de retificação de tronco).
-        O equilíbrio é precário, apresentam fixações em nível de tronco, cintura escapular e muitas vezes pés
Obs: É uma criança cheia de fixações, pois tem pouca mobilidade e pouca força muscular. Essa criança consegue adquirir marcha, ela tem posturas altas.
-        Apresentam dificuldades para executar movimentos seletivos, vindo a refletir no período escolar
Obs: Toda vez que a criança tentar cortar, desenhar, ela tem dificuldades, pois não tem movimento fino e seletivo, ela fica tentando compensar o tempo todo.

Tratamento :

9  Espasticidade Grave:

o       Trabalhar com movimentos lentos, pois diminui a espasticidade (movimentos rápidos aumentam a espasticidade)
o       Alongar a musculatura agonista e trabalhar com playcing e crioestimulação na antagonista
o       Facilitar com estruturação biomecânica (coloca a musculatura num melhor posicionamento – neuroplasticidade)
Obs: A criança vai ter contratura de coxo-femoral (podendo levar a luxação), região de maléolo e joelho flexo.
o       Não se trabalha reação de retificação para manter equilíbrio porque a criança não vai conseguir.


9  Espasticidade Moderada:

o       Colocar a criança de pé logo de imediato
o       Trabalhar co-contração (fibra II tônica)  de tronco para dar estabilização
Obs: Essa criança não tem estabilidade de tronco, toda a região proximal tem pobreza de co-contração. Ao tentar um movimento, como não tem estabilização proximal, ela aumenta o recrutamento de fibra, aumentando o tônus muscular. Se não propiciar estabilização de tronco, a criança não vai fazer nada com a mão.
o       Trabalhar reação de retificação de tronco preconizando as reações em pequena amplitude (trabalho de bola em pequenas amplitudes)
Obs: A criança não tem condições de reagir com as reações de retificação em grandes amplitudes e se tentar, ela cai.


9  Espasticidade Leve:

o       Trabalhar força muscular de extensores
Obs: Aos poucos dar dissociação ao movimento, ou seja, ensinar através da fragmentação da marcha para ganhar rotação. Trabalhar rotação para não ter gasto energético excessivo.
o       Trabalhar reações de retificação em amplitudes grandes
o       Trabalhar reações protetoras (atitudes fásicas)  para estimular a inervação recíproca
Obs: A criança tem possibilidade de ter inervação recíproca, tem condições de estimular fibra Ia fásica.


O cantinho .Para estimular . A ficar sentadinho.

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